A contemplação é a meta da oração cristã, é a forma de oração que pode vir a perpassar todas as demais. Pressupõe sempre o dom de si, abordado no módulo anterior. Ao início, para a maior parte dos orantes, a contemplação não é uma experiência gozosa, mas dolorosa. O orante experimenta sobretudo a impotência para meditar e por isso a aridez, a secura e a escuridão são as notas dominantes nesta fase. Só posteriormente, o orante pode ir sossegando numa contemplação mais tranquila e gozosa. A Virgem Maria apresenta-se-me como mestra nesta etapa da vida espiritual. Também ela, em íntima relação e contacto com o mistério de Cristo, experimentou, no contato com a vida de Jesus, uma contemplação do seu mistério, umas vezes de forma dolorosa e outras, de forma gozosa.  

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P. Joaquim Teixeira